domingo, 19 de maio de 2013

Capítulo 9 - A virgem Sedutora


Desesperada, Demi olhou para a janela, com vontade de fugir, mas era tarde demais. Alberto já estava de volta à sala, acompanhado por Joseph, o homem com quem passou a noite. Seu amante!

Joe seguia o anfitrião, que lhe mostrava o caminho. Alberto o apresentou aos demais presentes, mas, assim que entrou, Joe não conseguiu escutar mais nada. Furioso, e sem acreditar no que via, olhou para Demi.

Ela estava de pé, perto da janela, e encarava-o com uma expressão de vitima, sem dizer uma palavra, os olhos arregalados de angústia.

O que significava aquilo? O que ela estaria fazendo ali? Joe percebeu então que Alberto a apresentava como a professora da escola local.

Joe se sentiu como se estivesse no meio de uma farsa. Sabia que no campo as coisas eram diferentes, mas não ao ponto de uma professora de vila se transformar, com o cair da noite, em garota de programa.

De repente, um ataque silencioso de ciúme se apossou dele, e Joe sentiu uma antipatia gratuita pelo homem ao lado dela.

Alberto: E este é Logan, meu assistente e primo de Demi — explicou.

O primo dela. Aliviado, Joe livrou-se daquelas emoções ridículas.

Logan: Uma pequena surpresa para você — cochichou Logan ao ouvido de Demi, enquanto Mary conversava animadamente com Joe.

Demi deu um sorriso sem graça.

Alberto: Demi, posso servir-lhe um drinque?

Demetria: Eu não bebo, Alberto, obrigada. — Demi corou ao ver o olhar que Joe lhe lançava.

Logan: Demi sempre foi certinha demais, mesmo antes de ser professora — informou, bem-humorado. — Não sei como podemos ser da mesma família. Vivo dizendo para Demi que ela precisa se soltar mais, aproveitar mais a vida.

Demi não queria tornar a encarar Joe, mas não conseguia evitar. Para sua surpresa, viu-o se aproximar, quan­do Logan passou a falar com Mary.

Joseph: Como pode mudar de personalidade assim da noite para o dia?

Demetria: Por favor — Demi implorou, desesperada, temendo que alguém escutasse.
Mas, graças aos céus, os demais haviam se afastado.

Joseph: "Por favor"? Parece que já ouvi você dizer isso ontem.

Demetria: Pare. Você não está entendendo,

Joseph: Não estou mesmo. Agora, diga-me uma coisa: o diretor da sua escola sabe que você é uma garota de pro­grama? Sei que professores ganham pouco, mas nunca imaginei que pudesse complementar o orçamento com es­se tipo de aula particular.

Demetria: Não, você... — Demi pretendia dizer a Joe que tudo não passava de um lamentável engano, mas o tom intenso dele chamou a atenção de Logan, que interrompeu a conver­sa com Mary Johnson e olhou para a prima, preocupado.

Sabia o quanto ela era passional em relação à escola, mas não esperava ouvi-la discutir com Joseph as­sim tão cedo. Não causava uma boa impressão.

No entanto, antes que Logan tivesse tempo de interferir com algum comentário diplomático, Mary anunciou que o jantar seria servido.

Logan: Está simplesmente delicioso! — exclamou, comendo o pudim. — Morar sozinho é bom, mas nada como uma comida caseira. O microondas é prático, mas quando se cozinha em forno convencional tudo fica bem mais saboroso. Vivo dizendo isso para Demi, porém ela não se anima em cozinhar.

Demi: Se gosta de comida feita em casa, aprenda a fazê-la — respondeu, com firmeza. — Na escola, insisto com os meus alunos, tanto os meninos como as meninas: todos têm de ter noções básicas de culinária.

Mary: Acho ótimo que tenham — apoiou Mary, virando-se para Joe.— Demi fez maravilhas com os alunos. Quando começou, havia tão poucos que a escola corria o risco de fechar, mas agora os pais fazem reserva para os filhos assim que eles nascem, para garantir a vaga.

Demi coroou, mais uma vez, quando Joe virou-se para olhá-la.

A noite toda foi uma verdadeira tortura e, pelo visto, estava longe de terminar.

Logan: É mesmo. Demi é apaixonada pela escola. — Logan sorriu.

Joseph: Apaixonada?

Demi sentiu o corpo tenso de angústia ao ouvir o tom cínico de reprovação com que Joe falou aquela palavra. Será que pretendia entregá-la?

Joseph:  Oh, claro, tenho certeza de que ela é...

Alberto: Eu acho — disse, com tranquilidade — que Demi está preocupada com o que poderia acontecer com a escolinha, se você decidir fechar a fábrica de Frampton.

Ao notar o aborrecimento de Joe, Alberto sacudiu um pouco os ombros.

Alberto:  Todo mundo sabe que pretende fechar uma ou duas das fábricas, Joe, isso não é nenhum segredo. A notícia foi publicada nos cadernos de economia dos jornais, e a declaração foi atribuída a você.

Joseph: Ainda não decidi nada sobre isso.

Demetria: Quer dizer que está pensando em fechar nossa fábrica? — Demi não pôde deixar de indagar.

Joe franziu a testa. Durante toda a refeição, Demi não lhe dirigia uma palavra sequer. Na verdade, nem ao me­nos o fitava, mas ele sentia no ar tanto a tensão como a hostilidade dela.

O que mais o zangava era ver como Demi era capaz de desempenhar tão bem o papel de uma professora dedicada, quando Joe sabia muito bem quem ela era.

Deveria ser uma pessoa muito irresponsável. Como poderia cuidar da educação e do desenvolvimento emocional de crianças? Deveria ser uma garota muito inteligente, para conseguir enganar a todos daquela maneira, conquistando o respeito, a credibilidade e a admiração dos moradores da vila.

Joe tentava se convencer de que a intensidade de suas emoções era uma reação muito natural diante da descoberta da dupla personalidade de Demi. Se ele contasse a verdade sobre ela... Mas claro que não faria isso. Afinal, o compor­tamento dele também não foi dos mais louváveis.

Mas por que Demi fez aquilo? Por dinheiro, talvez, como imaginou a princípio? Porque gostava de viver perigosamente? Porque queria ajudar Jeremy Discroll? Por algum motivo, Joe considerava a última hipótese a mais difícil de aceitar.

Próximo Capítulo ...


Amanhã posto mais !

Capítulo 8 - A Virgem Sedutora


Joe fez uma careta ao passar a mão pelo rosto recém-barbeado. Não tinha a menor vontade de sair para jantar. Mas, quando Alberto Johnson, secretário de planejamento regional da prefeitura, ligou convidando-o para jantar em sua residência, Joe achou que não podia recusar.

Seria bom para os negócios estabelecer uma relação amigável com a autoridade local. Joe já havia encontrado Alberto antes e simpatizou com ele.

Quando Alberto explicou que havia alguém em particular que gostaria de lhe apresentar para uma conversa informal, Joe pressentiu que o secretário ficaria decepcionado se não aceitasse o convite.

Além do mais, se saísse, pelo menos pararia de pensar na única coisa que, desde da noite anterior, não saía de sua cabeça: aquela mulher sensual e inesquecível que      invadiu-lhe não apenas a suíte, mas também o corpo e a mente.

Era estranho Jeremy Discroll ainda não ter entrado em contato, e Joe esperava que aquele sujeito desagradável tivesse suficiente bom senso para perceber que ele não estava disposto a ceder a nenhum tipo de chantagem.

No entanto, pressentia que Discroll não desistiria as­sim tão fácil. Se chegou ao ponto de pagar uma garota de programa para invadir sua suíte era porque pretendia cobrar pelo serviço de algum jeito.

Será que Discroll já testou as habilidades sexuais daquela morena provocante?

Joe ficou chocado quando percebeu a tolice de sua suposição. Devia estar ficando louco! Onde já se viu sentir ciúme de uma moça como aquela, que se entregaria a qualquer um?!

Sem querer, lembrou-se de como se sentiu, dentro dela, como se estivesse envolvido por um abraço apertado. Imaginou-se como o primeiro homem que a penetrou.

Joseph:  Pois sim!

Perdeu mesmo o juízo, dizia-se, irritado con­sigo mesmo, enquanto procurava por uma placa na rua para se certificar de que seguia o caminho certo.

**
Logan: Demi, não está me ouvindo.

Ela sorriu, como se quisesse se desculpar com o primo, que estacionava na frente da casa do chefe dele.

Logan: Admita, você está um pouco estranha hoje. — Logan olhou-a com preocupação. — É a escola que a está per­turbando desse jeito? Espero que seja só isso.

Ignorando a questão, Demi respirou fundo, determinada a tirar uma dúvida que a pertubava desde a noite anterior.

Demetria: Logan, por que pediu aquele coquetel para mim ontem? Sabe que não bebo. O que deu em você, afinal? Eu bebi achando que era suco, mas...

Logan: Ei, espere um minuto! — protestou o primo, surpreso. — Não pedi nenhuma bebida para você. Deve ter havido algum engano.

Demetria: Mas o garçom me serviu algo bastante forte ontem na suíte de Joseph. Isso eu posso garantir.

Logan: O rapaz deve ter feito confusão. Pedi um coquetel de frutas. Bem que achei um pouco caro, devia ter desconfiado. Que desperdício! Espero que não tenha tomado, depois de dar o primeiro gole e perceber que havia alguma coisa errada. Tomou?

Antes que fosse obrigada a mentir para ele,Logan a tomou pelo braço, e eles caminharam até a entrada da casa de Alberto Johnson, um homem alto, de cabelos grisalhos, que os recebeu com um amável sorriso.

Alberto: Você deve ser a Demi. — Cumprimentou-a e se apresentou: — Já ouvi falar muito a seu respeito.

Ao perceber o olhar atravessado de Demi para Logan, o anfitrião balançou a cabeça, rindo.

Alberto: Não, não foi Logan que me falou de você, embora ele já tivesse mencionado que era seu primo. Referia-me a meu neto, Herry. Ele é seu aluno e também um grande admirador. Com razão, de acordo com os pais dele. Nossa filha, Sophia, ficou impressionada com os progressos que Herry teve na leitura, depois que entrou nessa escola.

Demi sorriu, agradecida pelos elogios e, ao acompanhar Alberto até a sala de visitas, passou a sentir-se mais relaxada.

Mary Johnson era tão amável quanto o marido. Contou a Demi que também foi professora, mas que havia muito tempo que deixou de ensinar.

Mary: No começo, minha filha ficou um pouco preocupada, quando soube que você adotava um método pouco convencional de ensino, que misturava a pedagogia tradicional com brincadeiras. Porém, hoje, está convencida de sua eficiência como professora. Sophia não cansa de me contar como a habilidade espacial de Herry melhorou, junto com seu progresso na leitura.

Demetria: Gostamos de estimular as crianças em diversas disciplinas, para que descubram os talentos que têm. Quan­do elas vêem que conseguem fazer uma coisa bem-feita, desenvolvem a auto-estima.

Mary: Pelo que minha filha me falou, você aconselha os pais a reservar vaga na escola assim que a criança nasce.

Demetria: Não é bem assim. — Demi deu risada. — Mas acho que a reputação daquele estabelecimento de ensino tem crescido graças à divulgação boca-a-boca. Estamos acima do limite exigido pela prefeitura para manter a escola aberta. E, pelo jeito, vamos continuar assim. A menos, claro, que a fábrica seja fechada.

Demi olhou para Alberto com uma expressão de dúvida.

Alberto: A decisão final sobre esse assunto cabe a Joseph, minha querida. Por isso, convidei-o para vir aqui hoje, jantar conosco. Foi idéia de Logan, e eu também achei que seria bom se vocês tivessem um encontro informal. Tenho certeza de que Joseph, como empresário, não parou para pesar as conseqüências que o fechamento da fábrica teria sobre a escola da vila. É claro que a possibilidade de ele escolher justo nossa fábrica existe. Pelo que sei, Jonas só pretende fechar duas das quatro fábricas que comprou.

Demi não o escutava. Desde o momento em que o ouviu dizer aquela frase assustadora: "convidei-o para vir aqui hoje, jantar conosco".

Joseph  viria! Seria obrigada a sentar-se à mesa com ele!

Ficou com medo, com um nó no estômago, quando ouviu o toque da campainha. Alberto foi atender.


Próximo Capítulo ...


Ainda hoje posto mais :) 

Capítulo 7 - A Virgem Sedutora


Demetria abriu a porta do pequeno chalé, que fazia parte de um conjunto de oito casinhas idênticas, todas com um belíssimo jardim que dava para a vila. Atrás, havia um imenso gramado. Depois de olhar para trás, subiu as escadas, como se arrastasse o mundo em suas costas.

Quando acordou, após algumas horas, com o som do telefone, Demi atendeu, assustando-se ao constatar que já passava das dez da manhã. Era seu costume, aos sábados, ir para a cidade, fazer compras no supermercado, antes de encontrar os amigos para almoçar.

Por sorte, para esse dia não combinou nada com antecedência, já que a maioria de seus amigos viajaram com a família, por estarem de férias.

Ao tirar o aparelho do gancho, sentiu o estômago re­clamar, embora achasse impossível ser Joseph. Afinal, ele nem ao menos sabia seu nome, graças a Deus!

Um arrepio de excitação subiu-lhe pela espinha, logo seguido por uma estranha decepção, que ela jamais admitiria nem para si mesma, ao ouvir a voz do primo, Logan.

Era de se esperar, depois de tudo por que passou, que seu estado emocional estivesse afetado. O trauma que sofreu afetou seu equilíbrio interior, e Demi sentia dificuldade de reagir direito às situações reais.

Logan: Até que enfim, Demi! É a terceira vez que ligo. Como foi seu encontro com Joseph Jonas? Estou louco para saber.

Demi respirou fundo. O coração bateu mais forte, de remorso e vergonha. A mão que segurava o aparelho ficou molhada de suor. Não sabia mentir, jamais soube.

Demetria:  Não o encontrei — afirmou, de repente.

Logan:  Você foi embora?

Demi agradeceu aos céus. Logan acabou de sugerir uma desculpa perfeita que lhe permitiria sair de seu dilema.

Demetria:  Eu... estava cansada e comecei a ficar confusa e... — Mas, antes que tivesse tempo de contar ao primo que pretendia escrever uma carta para Joseph em vez de falar pessoalmente com ele, Logan a interrompeu:

Logan: Achei mesmo que não teria coragem. Tudo bem. O titio aqui dará um jeito para você. Falei com o meu chefe sobre o assunto, que me convidou para jantar hoje à noite, e perguntei se poderia levá-la comigo. Ele terá uma reunião com Joseph na próxima semana e, se você explicar o caso direitinho para meu chefe, tenho certeza de que incluirá a escola na pauta da reunião.

Demetria: Logan, foi muita gentileza de sua parte, mas creio que não... — Demi não tinha a menor disposição de enfrentar um jantar, e, quanto à possibilidade de expor o que estava acontecendo ao chefe de Logan, que era responsável pela Secretaria de Planejamento, sentia-se mui­to insegura, devido à auto-estima tão abalada.

Logan, no entanto, parecia não ter intenção de ouvir um "não".

Logan:  Tem de ir,Demi. Alberto quer encontrá-la. O neto dele é aluno de nossa escola e, pelo visto, gosta muito de você. Embora...

Demi: Logan, não posso ir.

Logan:  Evidente que pode. E deve. Pense na escola, garota. Passo aí às sete e meia. Esteja pronta. — E desligou, antes que Demi pudesse reclamar mais uma vez.

Desanimada, Demi olhava para a tela do computador. Passou a tarde inteira tentando digitar a mensagem que enviaria a Joseph. A enxaqueca com que acordou havia passado, mas sempre que tentava se concentrar, a imagem indesejada de Joe invadia sua consciência.

Não era apenas o rosto dele que aparecia em suas lembranças, mas cada detalhe do que houve entre os dois. Demi notou que estava vermelha como as petúnias exuberantes que cresciam no canteiro de sua vizinha. A Sra. Benta, uma doce velhinha de oitenta anos, continuava a ser uma dedicada e ótima jardineira. Uma vez explicava a Demi que gostava das cores fortes porque essas ela con­seguia enxergar direito.
O canteiro de Demi, ao contrário, tinha uma combinação de tons de verde e cinza, na mesma tonalidade dos sen­suais olhos de Joseph.

Suas faces ficaram ainda mais vermelhas e quente, quando se voltou para a tela e percebeu que, distraída, começara a carta assim: "Prezado Olhos Sensuais".

Depressa, apagou e começou de novo, lembrando-se de como seria importante convencer Joe da importância de evitar o fechamento da fábrica.
As pequenas vilas estavam desaparecendo em todo o país, transformando-se em cidades-dormitório para trabalhadores das cidades maiores, embora todos naquela em que ela morava trabalhassem duro para preservar o lugar em que viviam.

Se o chefe de Logan os apoiasse, seria um forte aliado para a defesa da causa.
Franzindo a testa, Demi afastou a cadeira. Teria de se acostumar a lutar pela sobrevivência da escola, dali em diante.

Quando foi indicada para ocupar o cargo de professo­ra, sabia que seria por um tempo limitado. Mas, embora soubesse que poderia aumentar seu rendimento se fosse transferida para um estabelecimento maior, assim que percebeu os efeitos que o fechamento da escola teria, começou a se esforçar para ganhar mais alunos. Tentou até mesmo convencer pais que tinham a intenção de mu­dar os filhos para um estabelecimento particular a desistir da idéia para dar uma chance à escolinha primária local.

Seus esforços tinham valido a pena, pois Demi sentia-se recompensada de muitas maneiras. Jamais esqueceria o orgulho que sentia quando a escola recebeu um prêmio de qualidade, depois de uma inspeção feita pela Secreta­ria da Educação.

Orgulhava-se de toda a comunidade: dos alunos e pais que haviam apoiado a iniciativa, que reconheciam o resultado do próprio esforço e as vantagens de se trabalhar em equipe, que servia de exemplo e estímulo a todos os alunos.

Demi provou como um ambiente de segurança e amor contribuía para o crescimento das crianças, para valorizá-las como indivíduos, contribuindo para a formação de valores, formando uma base sólida que as acompanharia para o resto de suas vidas. Porém, de alguma maneira, explicar isso para Joseph seria muito mais difícil do que imaginava.

Talvez por suspeitar que ele já decidiu o que fazer e que, do ponto de vista dele, a pequena comunidade que destruiria não era nada perto dos lucros que poderia obter. Ou quem sabe fosse porque só conseguia pensar numa única coisa: a noite que haviam passado juntos.

Quanto mais tempo passava, mais ficava difícil acre­ditar no que aconteceu. Aquele comportamento não combinava com seu jeito de ser, e a prova disso era que Joseph foi o primeiro homem de sua vida.

Confusa demais para se concentrar, Demetria começou a andar de um lado para o outro em sua sala de visitas.

Embora estivesse atordoada com sua atitude, não podia negar que sentiu prazer, que gostou dos carinhos de Joe, da maneira como a possuíu.

Ora, isso na certa tinha a ver com o fato de estar meio bêbada, meio dormindo, tentava se justificar, antes de seu forte sentido de responsabilidade fazê-la lembrar a forma como reagiu quando o viu, ainda sóbria e bem acordada, no saguão do hotel.

Eram quase seis horas. A carta ainda não estava pronta, e Demi teria de terminá-la mais tarde, pois precisava se arrumar para sair.

Logan já teve muitos aborrecimentos por sua causa, e Demi deveria ser muito grata a ele pelos favores que lhe prestava.

Todavia, tudo o que queria, na realidade, era ficar em casa e se esconder do mundo, até que compreendesse o que se passava com ela.


Proximo Capítulo ...




Ta chatinho mais vai melhorar , aguardem :)