quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Capitulo 18 - A virgem Sedutora

Demi ouviu o burburinho do grupo de pais, que conversavam perto do portão da escola. Surpresa, observou-os. Em geral, às segundas-feiras o clima era mais tranquilo, mas naquela manhã, os ânimos pareciam exaltados. Ela, pelo contrário, sentia-se bem desanimada, concluiu, ao ouvir uma mãe chamá-la.

Xxx: Já sabe da novidade? Não é maravilhoso? Eu quase não pude acreditar no que ouvia, quando John passou em casa no sábado e contou que Joseph tinha decidido manter a fábrica funcionando.

Demi ficou pasma. Joe fez isso?! Mas ele lhe disse que...

Antes que tivesse tempo de organizar o pensamento, outra mãe entrou na conversa, parabenizando-a pelo papel que teve na manifestação da semana anterior.

Xxx: Nós todos ficamos, muito impressionados com o jeito como Joseph falou de você na polícia, afirmando que não tinha intenção de levar as coisas adiante. E depois, quando soubemos que ele não ia mais fechar a fábrica... Bem, isso muda tudo. Talvez Joe não seja bem como imaginávamos. — Mas, antes de prosseguir, deu um olhar desconfiado, como se quisesse insinuar algo. — Claro que você deve ter ficado sabendo da notícia antes de nós.

Demi corou. Os demais pais também se viraram, olhando-a com uma estranha curiosidade, mas ela não fazia a menor idéia do motivo. Até que ouviu Myra Fanshawe exclamar, com veemência:

Myra:  Eu acho tudo lamentável. Uma pessoa na posição dela, uma professora e coordenadora da escola, se envolver num escândalo dessa natureza... Devo dizer, no en­tanto, que isso não me surpreende. Nunca gostei de alguns dos métodos de ensino que Demi adota.
Myra estava de costas para Demi, conversando. Ao notar que Demi se aproximava, a outra mulher, corando de constrangimento, murmurou algo.
Mas Myra, ao contrário, não estava nem um pouco constrangida. Levantou a cabeça, petulante, e disse ainda mais alto:

Myra: Sinto muito, mas não me importo se ela ouvir o que estou falando. Afinal de contas, o erro foi dela. Imagine, comportar-se dessa maneira! Passar a noite na suíte dele, no hotel! E depois quer que acreditemos que é a virtude em pessoa!

Demi fervia por dentro, roxa de vergonha, vendo os outros pais e mães recuarem, à medida que ela se aproximava.
Ao perceber a expressão maliciosa e triunfante de Myra, sentiu o coração apertado. Demi não gostava dela, mas o que estava em jogo no momento era uma outra questão, muito mais séria e perigosa, algo que punha em risco sua reputação.

Consciente de suas responsabilidades dentro da escola e diante dos pais, Demi tomou coragem, respirou fundo e decidiu enfrentar Myra:

Demetria:  Presumo que eu seja o assunto dessa conversa, e nesse caso...

Myra: Não vai tentar negar o fato, espero —  a inter­rompeu, grosseira, antes que Demi terminasse de falar. — Não ia adiantar nada, e só pioraria tudo ainda mais. Selena, a recepcionista do hotel, é minha afilhada, e ela viu quan­do você chegou lá. E quando saiu, na manhã seguinte. Ao ver sua fotografia no jornal, reconheceu-a na hora. Selena custou a acreditar que você pudesse participar de uma manifestação na fábrica, depois de ter passado a noite com o proprietário.

Demi estremeceu. Isso era muito pior do que pudesse imaginar e, pela forma como as outras mães a fitavam, percebia que estavam chocadas com as revelações de Myra.

O que poderia dizer em sua defesa? Diante da atual circunstância, como justificar sua atitude?

Demi concluiu que nada do que dissesse tornaria a situação menos comprometedora. E, se falasse a verdade, seria ainda pior.

Myra: Percebe que, como presidente do conselho, é meu dever levantar essa questão, já que seu comportamento deixa dúvidas quanto a sua integridade...

Demetria: Eu não...

Myra: ...e, além de tudo, foi parar na delegacia, solta sob fiança. Acho que a Delegacia de Ensino deveria ser informada desses fatos. Afinal, eu, como mãe, tenho de zelar pela moral de meu filho.

Myra não parava de falar, com tanto fervor que alguns pais arregalaram os olhos, diante do que ouviam.

Para alívio de Demi, o sinal tocou, e as crianças foram para as classes, dando-lhe a oportunidade que queria pa­ra escapar daquela tortura.

Da tortura talvez, pensava, enquanto olhava pela janela de sua sala, meia hora mais tarde, mas não do tormento propriamente dito.

Notou as expressões dos demais pais, uns, de piedade, outros de sádica curiosidade, enquanto Myra revelava o pior de seus segredos.

Demi sabia que Myra tinha poder suficiente para infernizar sua vida e de sua família. Os outros membros do conselho, claro, ficariam preocupados com a probidade e a moral de sua coordenadora e professora e, embora Demi achasse improvável que as autoridades educacionais tomassem alguma medida legal contra ela, sabia que sua imagem afetaria o bom nome da escola.

Quanto às ameaças de Myra de denunciá-la à Delega­cia de Ensino, talvez fossem exageradas. Mas Demi jamais insistiria em permanecer na escolinha, se isso fosse con­tra a vontade dos pais ou se achassem que ela não servia para cuidar de seus filhos.

Estava arrasada. Se isso acontecesse, se fosse obrigada a renunciar ao cargo depois de tudo o que fez, depois de tanto trabalho!

Mas o que poderia dizer em sua defesa? Aquele comentário maldoso de Myra sobre a preocupação que tinha com a moral do filho feriu muito Demi.

Sua cabeça começou a doer. De manhã, obrigou-se a tomar um café reforçado, para provar a si mesma que não estava tendo os enjoos matinais que toda grávida costuma ter no início da gestação. Agora, a comida pesava-lhe no estômago.

Seria por causa de tensão, da angústia e da tristeza que sentia? Tentava se consolar, mas as histórias que ouviu sobre mulheres que já haviam passado pela mesma situação em que ela se encontrava a feria.

E, para piorar, Demi não tinha ciclos menstruais regulares, ainda mais quando estava estressada.

Apesar do tumulto que Myra provocou, Demi não podia deixar de pensar no fato de Joe não ter lhe contado que pretendia manter a fábrica aberta. Por que deixou que ela o acusasse daquela maneira, sem dizer nada?

**

Quando Joe soube o que aconteceu com Demi, já estava quase na hora do almoço.

Passou a maior parte da manhã com seus contadores, negociando pacotes financeiros para acomodar as mudanças que fez nos planos originais traçados para as fábricas recém-adquiridas.

Os banqueiros receberam com bons olhos a notícia de que Joe pretendia criar seu próprio centro distribuidor e admitiram que, em se tratando de Joseph Jonas, a iniciativa devia ser bem-sucedida.

Mas até aquele instante, ele não conseguia afastar Demi da cabeça,   lembrando-se da discussão que tiveram ontem. Por que deixou que ela fosse embora daquela maneira?



Próximo Capitulo ....



Amanha eu posto mais !! 

4 comentários:

  1. nãããão posta mais um hoje please...
    te emploro...
    eu amo essa fic, é tão bom ler ela... posta mais um hoje...
    por favooorrrr.

    ResponderExcluir
  2. Seus capítulos são um máximo,sua ortografia é muito boa Isabel.Dá um prazer tão grande ler sua fic,está cada dia mais excelente!
    posta mais :)

    ResponderExcluir
  3. Cara..eu amo isso..
    Já tava com saudade..u.u
    hsuahushua
    \o/
    Ameii..Como sempre..
    Posta Logoo
    Beijoos
    s2

    ResponderExcluir
  4. Ai que mulher mais chata essa Mayara zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz jaksbdkjsba mano como o jo fica sqabendo de tudo que acontece com a Demi? *0* jsbdjkfs
    Quero só ver se a Demi estiver grávida mesmo o que ela vai fazer '-'
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
    posta posta posta \O/

    ResponderExcluir